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A ambição de melhoramento e aperfeiçoamento das condições da vida humana sobre a Terra foi uma das mais notáveis características da grande transformação ideológica que pariu a modernidade. Já no século XVIII começavam a se constituir as bases do empreendimento científico e tecnológico que transformou a face do mundo, afetando todas as nações e populações, mesmo as mais distantes dos polos originais da cultura europeia. O imaginário público costuma dar mais atenção às notáveis invenções que alteraram as condições externas da experiência humana: as máquinas, animadas por forças cada vez mais sofisticadas, que nos deram a bomba atômica, nos levaram à Lua ou nos conectam à internet. As mais profundas e graves foram porém as que afetaram a vida humana por dentro, por assim dizer. A biomedicina ocidental desenvolveu-se vertiginosamente nesses cinco séculos que nos precedem, transformando a extensão, a intensidade, o sentido mesmo da experiência vital humana. Qualquer um de nós sabe disso, no registro histórico e no registro vivencial, direto, monitorados como somos, em nossa saúde e bem estar, a cada linha de nossas anamneses, prontuários, planilhas de exames, contratos securitários. Esta coletânea desvenda as mais recentes perspectivas abertas pelos avanços da tecnociência biomédica contemporânea, demonstrando como e quão profundamente afetam as identidades sociais, na articulação dessa biopolítica ou governamentalidade de que nos falou Foucault.
Sumário:
Apresentação
Parte I: Saúde, genética e sociedade: novas/velhas questões, novas/velhas configurações
Degeneração e eugenia na história da psiquiatria moderna
“Agressividade” e “violência”: a difícil tarefa de conceituar no diálogo entre geneticistas e cientistas sociais
Saúde, longevidade e genética: um olhar biopolítico
Parte II: Reprodução, molecularização e biopolítica da vida em si
Doação de sêmen e classificação étnico-racial no Brasil
Identidade genética no debate sobre o estatuto de fetos e embriões
A “molecularização” do câncer de próstata: reflexões sobre o chip de DNA
Parte III: Tecnologias genéticas e identidades étnico-raciais emergentes
Usos políticos da leucopenia e diferença racial no Brasil contemporâneo
A importância de ser uro: movimentos indígenas, políticas de identidade e pesquisa genética nos Andes peruanos
Biorrevelações: testes de ancestralidade genética em perspectiva antropológica comparada
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