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Sinopse: , A obra analisa os usos sociais, discursos e significados simbólicos presentes no uniforme de trabalho dos funcionários de uma siderúrgica do Vale do Aço e o impacto que ele causa no imaginário cotidiano e político dos trabalhadores, assim como no dos moradores da região. Para apreender a eficácia simbólica do uniforme nos contextos em que foi implantado e no que hoje é usado, a análise articula Antropologia Simbólica, Cultura Material e História Social, recuperando o percurso histórico quanto à adoção de uniformes nas fábricas brasileiras, inclusive na Usiminas, e sua repercussão no tempo presente. Trata-se de um tema original, cuja profundidade analítica perpassa diversos aspectos da sociedade local, como a organização espacial da cidade, a participação dos trabalhadores no SENAI e no sindicato, os usos sociais da arte e da filantropia, os rituais promovidos pela empresa, além da participação de mulheres na siderurgia. A atualidade do tema pode despertar o interesse de pesquisadores e estudantes de diversas áreas de conhecimento, como Antropologia, Sociologia, História, Geografia, Ciência Política, Administração, Economia, Direito e outras. A obra pode ainda ser útil aos que queiram conhecer um pouco mais sobre a história regional e sobre o movimento operário, como lideranças sindicais, advogados trabalhistas e políticos. Descortinando dimensões inusitadas do mundo social, as análises evidenciam que, mais que um material inerte destinado a proteger os trabalhadores, o uniforme materializa relações de gênero, classe e geração e possui uma vida social essencialmente dinâmica, “impregnada” de memórias, sonhos e conquistas, além de ser marcado por perseguições, demissões, medo e dor.
Tipo: Livro
Título: Uniforme e trabalho no vale do aço.
Autores: Rita de Cássia Pereira Farias
Editora: Editora UFV
ISBN: 9788572694353
Assunto: Livros
Idioma: Português
Data de Lançamento: 2012
Número de Páginas: 317
Tamanho: 15x22
Edição: 1
Prefácio 11
Apresentação 15
Introdução 19
Capítulo 1 27
Fabricando “Corpos Dóceis” na Cidade-Empresa 27
O contexto que propiciou a implantação da grande siderúrgica mineira 27
Recrutamento dos trabalhadores: expectativas, decepções e conflitos 33
O massacre de Ipatinga 38
A imposição de uma nova ética moral e sexual a partir da moradia 53
Vigilância e submissão: um tipo de disciplina militar? 61
Formando operários apolíticos via SENAI 70
Capítulo 2 80
Entre o Sindicato Tutelado e o Novo Sindicalismo 80
Um sindicato sob a tutela da empresa e vigiado por arapongas 81
Os novos ares da República e o surgimento do fenômeno Ferramenta 88
Um sindicato assistencialista diante da privatização 94
Mariza Gravina e as tentativas de mudança nos rumos sindicais 96
Do vermelho ao cinza: simbolismo da cor das roupas dos trabalhadores 99
“Operário-patrão”: controle legitimado pela responsabilidade social 105
Moldando operários apolíticos com a premiação 108
Ações da Usiminas quanto à responsabilidade social e ambiental 118
Capítulo 3 122
Mulheres de Ipatinga: do Lar ao Sindicato 122
A construção da operária Usiminas e os “perigos” da prostituição 123
A feminilidade da esposa do “peão da Usiminas” atada ao universo
doméstico 127
Mulheres na Usiminas e a conquista de novos espaços 129
Uniforme feminino: do controle da sexualidade às novas possibilidades 140
Capítulo 4 144
Disputas Simbólicas e Silêncios da História 144
Elites e operários: entre a igualdade e a distinção 144
A elite de Ipatinga como a grande provedora 146
A segregação entre as faces pública e privada de Ipatinga 152
Afastamento socioespacial da elite industrial de Ipatinga 156
Filantropia de elite: da “boa ação” ao colunismo social 164
Articulações e disjunções entre arte, elite e operários 172
Conflitos e tensões incorporados nos monumentos públicos 176
Um olhar fotográfico sobre os trabalhadores do aço 194
Capítulo 5 209
Transmutando o Uniforme em Signo de Prestígio 209
A “Família Usiminas” e a perenidade da força de trabalho 209
Performances do presidente diante dos operários: um “igual”
ou superior? 221
Performances do presidente diante das elites de Ipatinga 232
Brilha o aço, brilham as pessoas: a magia dos rituais 234
O poder ritual das palavras 241
Sobre as dádivas trocadas na empresa 247
Mudanças no comportamento favorecidas pelo uniforme 250
Alquimia social que transmuta uniforme em signo de prestígio 261
Resgatando a dignidade por meio do uniforme 269
Novo presidente, novos uniformes 274
Ampliando a simbologia do uniforme: do prestígio à discriminação 284
Conclusão 293
Referências 304
Apêndice 315
Relação de informantes 315
Autores de imagens cedidas 317
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